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Como assentar pisos cerâmicos e porcelanato?

O caimento deve ser definido no contrapiso e nunca no enchimento com a argamassa colante O assentamento de pisos cerâmicos e porcelanatos requer alguns cuidados para que os resultados esperados sejam obtidos e para que os produtos possam manter suas múltiplas vantagens, entre as quais a alta durabilidade e facilidade de limpeza. “Com o aumento progressivo no tamanho das peças, torna-se cada vez mais importante definir o ponto de saída das placas e sua paginação, sempre tentando diminuir ou eliminar os recortes”, afirma o engenheiro Max Junginger, coordenador da Comissão de Estudos de Métodos de Instalação (CE 189) da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Os recortes podem ser posicionados em regiões menos visíveis ao usuário e, dependendo da disposição do piso ou característica do ambiente, é possível eliminá-los completamente. O profissional responsável pela instalação de pisos cerâmicos e porcelanatos precisa estar atento para que o caimento seja dado no contrapiso e nunca no enchimento com a argamassa colante. “Caso grandes placas sejam mantidas inteiras, o caimento próximo ao ralo pode ficar comprometido”, diz Junginger, destacando que uma das soluções é ajustar as peças de maneira que o ralo fique exatamente na quina que une quatro placas adjacentes. Outra possibilidade é posicionar o ralo no meio de uma peça e realizar acabamento em diamante, ou seja, cortando-a em ‘X’ e formando quatro triângulos. “A solução para situar o ralo no piso deve ser definida antes de se iniciar o processo de assentamento”, alerta. PLACAS COM GRANDES DIMENSÕES Quando as placas têm medidas acima de 30 x 30 cm, deve ser aplicada massa no chão e no verso da peça, para compensar a curvatura e facilitar o contato da cola – o consumo de argamassa ficará em torno de 7 kg/m2. Placas com grandes dimensões apresentam curvatura maior do que as com tamanhos menores. O assentamento amarrado dessas peças pode resultar em desníveis expressivos no encontro da quina com o centro das placas. “Normalmente, a caixa do produto traz informações relevantes nesse quesito. Por isso, é importante ler as informações do fabricante antes de iniciar o assentamento de pisos cerâmicos e porcelanatos”, recomenda. PISOS BEM NIVELADOS Para facilitar o nivelamento e a fixação do piso, é possível criar cordões (sulcos) na argamassa com a utilização do lado dentado da desempenadeira em ângulo de 60 graus. A aplicação das peças é feita sobre os cordões, de preferência das extremidades para o centro. Após a fixação, pode-se utilizar um martelo de borracha para bater sobre o revestimento, amassando por completo os cordões de argamassa e expulsando o ar retido. O controle do alinhamento das juntas é realizado com auxílio de uma linha esticada longitudinal e transversalmente. Já o nivelamento é feito com o auxílio de uma régua de madeira. Para finalizar a aplicação, é indicado passar um pano limpo para retirada das sobras de argamassa nas juntas e sobre o revestimento. “A execução do rejuntamento deve ser realizada, pelo menos, três dias após o assentamento”, orienta Junginger. PISO SOBRE PISO Não há diferenças no procedimento de assentamento de piso sobre piso, mas é necessário ter cuidado com o estado do piso antigo. “A superfície precisa estar limpa, e a argamassa usada tem de ser especial para esse caso. É preciso, ainda, atenção ao aumento de nível do piso, o que pode comprometer o fechamento de portas e desníveis com outros ambientes”, ressalta o engenheiro. Em princípio, qualquer piso quimicamente inerte aceita outro acabamento por cima. Em ardósia, por exemplo, o assentamento pode ser feito desde que a camada de cera/verniz tenha sido removida, pois ela pode impedir a aderência da argamassa. “Normalmente, placas cerâmicas podem ser assentadas sobre superfícies cimentícias sem maiores cuidados, mas bases desconhecidas necessitam de análises prévias. É comum que o departamento técnico do fabricante das argamassas resolva grande parte das dúvidas”, diz Junginger. ASSENTAMENTO DIAGONAL A grande diferença para o assentamento das placas cerâmicas na diagonal está nos recortes que existirão nas quinas das paredes, o que torna a paginação uma etapa crucial para evitar problemas. “Também não será possível alinhar as juntas do rodapé com as do piso, uma vez que o espaçamento entre juntas depende do corte das placas no piso. Por outro lado, o assentamento diagonal pode disfarçar muito bem paredes fora de esquadro e é um excelente recurso para ambientes tortos”, avalia o engenheiro.   Fonte: AECWeb

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